Chile: onde se hospedar, como se locomover e dicas de Santiago

Dicas de Santiago
Latitude 33°27′24″ S

Santiago é a capital e a cidade mais populosa do Chile, país da costa oeste da América do Sul. A cultura do local é riquíssima e acredito ser muito importante prestarmos mais atenção na recente história de lutas e revoluções da América Latina, e por isso foi destino escolhido para minha primeira série de posts no Qualquer Latitude de dicas de Santiago!

A surpresa ao chegar em Santiago foi a beleza da cidade: muito arborizada, ruas espaçosas e um povo muito simpático! Garanto que, se você tem alguma dúvida sobre ir ou não, a série de posts sobre o Chile e Argentina te convencerá! Neste post escrevo um pouco sobre como se locomover e onde se hospedar em Santiago. Minhas dicas de Santiago, roteiros de viagem e maiores detalhes estão nesse post!

Como se locomover em Santiago?

Dica de viajante: sempre prefira o sistema de transporte público para garantir uma imersão cultural muito mais abrangente!

Além do usual Taxi e o Uber, a cidade de Santiago possui um sistema de transporte muito funcional, útil para quem quer economizar, além de que a grande maioria dos taxis da cidade não aceita cartão. Percebe-se com muita clareza que os ônibus e os trens de metrô da cidade já possuem certa idade. Mas, apesar de velho, o sistema de transporte de Santiago é muito funcional e abrangente, com ônibus BRT e mais de 100 km de metrô e 108 estações que são divididas entre 5 linhas, identificadas por número e cor. O mapa completo do metrô de Santiago pode ser conferido abaixo:

O sistema é bastante parecido com o que temos no Brasil (eu, pessoalmente, só conheço o metrô da Grande São Paulo). A diferença é que, no Chile, a tarifa é cobrada conforme o horário, ou seja, é um pouco mais cara nos horários de pico:

Horário de Pico (7h – 9h e 18h – 20h): 740 Pesos Chilenos
Horário Médio (6h30min – 7h, 9h – 18h, 20h – 20h45min): 660 Pesos Chilenos
Horário Fora de Pico (6h – 6h30min, 20h45min às 23h): 610 Pesos Chilenos

Estes são preços relativos a dezembro de 2016. Os preços atualizados você pode conferir clicando aqui. Os horários de funcionamento do metrô podem ser conferidos aqui.

Em Santiago existe a tarjeta Bip!, uma espécie de cartão transporte recarregável. Ele serve para metrô e ônibus e, a cada viagem, ao passar o cartão, será descontado a quantia correspondente a tarifa daquele horário e você confere o saldo na tela. É possível encontrar a tarjeta Bip! nas boleterias das estações de metrô, nos comércios parceiros (identificáveis com placas da tarjeta Bip!) ou nos centros Bip!, uma espécie de quiosque onde também é possível fazer a recarga. A tarjeta Bip certamente facilita, mas eu preferi não adquirir, apesar de existência da tarifa integrada com o ônibus: conforme dito, o metrô é bastante abrangente, então perder muito tempo se preocupando com isso não é de extrema importância, já que dificilmente você terá que usar a integração ou até mesmo o ônibus 😉 De qualquer forma, você pode encontrar mais informações sobre a tarjeta no site oficial, clicando aqui.

A linha 1 do metrô (vermelha) faz o trajeto de San Pablo a Los Dominicos e é a mais importante da cidade, passando por praticamente todos os pontos de interesse turístico, localizados, em sua maioria, entre as estações Universidad de Santiago, onde está o terminal de onibus de Retiro (você pode conferir neste post os passeios que fiz à partir desse terminal) e a estação Manuel Montt, próxima ao Sky Costanera, novo cartão postal da cidade. Mas, caso você queira visitar pontos fora dessa linha, fazer a baldeação é extremamente simples e você não precisa pagar mais uma tarifa. Basta desembarcar na estação onde há o “cruzamento” e dirigir-se ao embarque da linha pretendida. As fotos abaixo mostram, respectivamente, os veículos de ônibus e metrô de Santiago.

Onde se hospedar em Santiago do Chile?

Fica claro que qualquer escolha de hospedagem próxima a alguma estação de metrô da linha 01 é bem válida!

Passei a primeira noite num hotel próximo à estação Universidad de Santiago, da linha 01, mas, a partir de segundo dia, eu e meu namorado fomos até um apartamento que escolhemos pelo airbnb, próximo a estação Santa Lucía, também na linha 01. A foto abaixo mostra a linda vista a partir da piscina do prédio:

https://www.instagram.com/p/BN-jW-yBnPj/?taken-by=luunelli

 

A localização deste apartamento é ótima e muito melhor que a do hotel da primeira noite. Por isso, chamo atenção especial ao Barrio Recoleta, principalmente nas proximidades das estações Santa Lucía e Universidad Católica, um ponto estratégico que permite que se faça quase todos os passeios na cidade a pé! Porém, qualquer escolha entre os Barrios Recoleta, Bella Vista, Providencia e arredores não trará nenhum arrependimento!

Dicas de Santiago

    • Não faça o câmbio de moedas no Brasil. As taxas de conversão no Chile são bem melhores! Em dezembro de 2016, o melhor preço que encontramos no Brasil foi 1 peso chileno = 0,0065 reais, enquanto no Chile foi 1 peso chileno = 0,005 reais. A diferença de 23% pode parecer pouca, mas as casas de câmbio chilenas não cobram taxa de serviço ou conversão, o que as coloca à frente. Se houver urgência, troque um pouco no aeroporto ao chegar, encontramos lá a taxa de 1 peso chileno = 0,0053 reais. Visite a Rua da Moneda quando possível, lá encontrará diversas casas de câmbio.
    • Leve sua carteira de estudante! A maioria dos museus e pontos de interesse têm a entrada gratuita, porém, os pagos como o Funicular do Cerro San Cristóban (50% desc.), o Zoológico (50% desc.) e o Sky Costanera (20% desc.) aceitam a carteirinha de estudante do Brasil! Os museus La Chascona, em Santiago, e La Sebastiana, em Valparaíso, aceitam a carteirinha internacional de estudante.
    • Arrisque usar a língua local! Por mais que muitos no Chile falem inglês fluentemente e por vezes eu mesmo tenha confiado mais no inglês para a comunicação, arrisque o Castellano, ainda que saia “portunhol”. É legal tentar valorizar a cultura local mesmo que seja de uma forma simples! Tente também não chamar de espanhol: é a mesma coisa quando discutimos que falamos “português” e não “brasileiro” ou “espanhol”. 😉
    • A comida no Chile é bastante cara! Existem as famosas “picadas”, restaurantes informais que servem comida típica chilena por um preço a partir de 3.000 pesos chilenos. Mas se planeja uma viagem econômica como a minha, prefira fazer compras no mercado e preparar a sua própria comida!
    • Não esqueça da gorjeta! É sinal de extrema falta de educação não oferecer a famosa “propina” para caixas de supermercado, garçons e todos aqueles que, de alguma forma, te ajudam!




Meu roteiro de viagem em Santiago e proximidades e outras dicas de Santiago podem ser encontrados nesse post!

Alessandro Lunelli é curitibano, estudante de Arquitetura e Urbanismo e escreve para o Qualquer Latitude como colunista. Instagram: @luunelli




 

Yasmin Graeml criou o Qualquer Latitude em 2013 durante um intercâmbio de High School na Austrália, jornalista e apaixonada por contar histórias adora dar conselhos de viagem e preparar roteiros para os leitores do blog!

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