Intercâmbio: high school x college

Quando se trata de passar um tempo fora do país como intercambista é mais do que normal se desesperar com pequenos detalhes, ou sentir um friozinho na barriga que vem sem aviso prévio. Mais ordinária ainda é a dúvida sobre qual é melhor: intercambio durante o ensino médio ou na faculdade. Como eu tive a oportunidade de vivenciar ambos decidi contar um pouquinho das duas experiencias e daí vai de cada um escolher o que é melhor para si.

Antes de mais nada vamos às diferenças que são o que realmente nos quebram a cabeça. Para quem ainda não se formou no Ensino Médio fica a dica: faculdade não necessariamente é mais difícil, mas com certeza exige mais responsabilidade. Acontecem coisas durante a escola das quais é possível se safar; na universidade é cada um por si. E isso não é só no Brasil, portanto a primeira coisa a ser considerada para o intercambio é o seu objetivo com a viagem. Sem sombra de dúvida em qualquer uma da opções você vai fazer amigos novos, se expor a uma cultura diferente, chamar um lugar estranho de casa e testar sua independencia. Mas, se o seu maior objetivo é esquecer dos estudos por um tempinho o meu conselho é que você embarque nessa aventura durante o Ensino Médio porque, ao menos, dá para desconsiderar o tempo que passou fora e voltar extamente de onde parou.

Por outro lado estudar de verdade em outro país ajuda a dar um “up” no currículo e, com certeza, isso vai te garantir qualidades como trabalhador(a) no futuro!

Outra colocação importante: o lugar que a gente deseja ir nem sempre é para onde podemos ir. A maioria das empresas de intercâmbio do Brasil oferecem a escolha do país, mas nem todas dão a chance de escolher a cidade (e as que dão, geralmente cobram o dobro do valor para tal). Pelo menos ao meu ver, escolher no EM é besteira e também mais assustador porque acaba surgindo uma pressão de ter que fazer ser perfeito, afinal você estará gastando mais dinheiro. E se você não gostar tanto do lugar quando pensou? A surpresa é bem mais divertida, sem falar que algumas cidades nem no mapa aparecem por serem tão pequenas e, no fim, são as melhores!

Novamente no intercambio de faculdade são outros quinhentos. Ao invés de escolher a cidade você escolhe a universidade que mais se adequa ao que você pretende estudar. Nesse caso o livre arbítio é sim muito bem-vindo já que vai influenciar – e muito – a sua estadia na “gringolândia” (como alguns amigos meus gostam de dizer).

Por fim vem a independência, que, apesar de se amplificar durante qualquer intercâmbio, é bem maior durante a faculdade. Estudantes de Ensino Médio não se desesperem! Vocês também farão coisas loucas, variadas e expontâneas enquanto estão fora, mas com a diferença de que terão uma host family para a qual explicações devem ser dadas. As famílias hospedeiras são geralmente bem liberais contanto que suas aventuras sejam comunicadas, afinal você está sob responsabilidade delas. Como nenhum intercambista de faculdade é obrigado a ter host family, horários para estar em casa, refeições em familia, controle de eletronicos e pensar duas vezes antes de se arriscar são coisas que não existem. Por outro lado, você responde pelos seus atos e nada disso te dá o direito de desrespeitar a autoridades e/ou as leis do lugar.

Como dá para perceber eu bem que poderia ficar escrevendo o dia todo, mas daí ficaria insuportável de ler. Resumindo tudo, intercâmbio é uma experiência incrível e única, não importa em qual momento da vida você o faça. As dicas acima são só para diferenciar e não decidir qual é melhor, isso vai de cada um. Espero que esse post tenha ajudado aqueles que estão na dúvida e se qualquer pergunta surgir comentem abaixo e quem sabe a resposta não gera um novo post?

Post por: Stephanie Abdalla

Yasmin Graeml criou o Qualquer Latitude em 2013 durante um intercâmbio de High School na Austrália, jornalista e apaixonada por contar histórias adora dar conselhos de viagem e preparar roteiros para os leitores do blog!